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Metaverso: essa tendência esbarra no varejo?

O termo metaverso vem circulando entre os tópicos mais falados da internet nas últimas semanas. Mas o que seria esse metaverso e que oportunidades o varejo teria ao explorá-lo? Dependendo da sua geração, talvez você se recorde de um jogo online que se popularizou a partir de 2003, chamado “Second Life”, que apesar de ter se difundido como uma proposta online de The Sims, já sugeria um universo digital compartilhado por comunidades de avatares digitais com as mais diversas finalidades (entretenimento, comercial, amorosa, social). Acompanhe esse post na integra para conhecer mais sobre o tema.

Se você acompanha redes sociais ou canais de notícias em plataformas digitais, deve ter esbarrado com o termo Metaverso. O termo foi cunhado em 1992, no livro de ficção científica Snow Crash, de Neal Stephenson, e rapidamente absorvido pela comunidade tecnológica que se desenvolvia timidamente em paralelo. Quase 30 anos depois, agora podemos participar de experiências imersivas em um universo digital. Marcas como o Facebook e o Google estão investindo bilhões de dólares nessa infraestrutura, que de forma leiga pode ser compreendida como a evolução das redes sociais.

Na prática, o metaverso é um universo digital, que pode oferecer quase tudo que temos no mundo real (se deixarmos de lado experiências com paladar e olfato, por enquanto). É possível criar uma experiência imersiva, onde o usuário cria um avatar para explorar esse universo, podendo oferecer passeios em shoppings com compras reais, voltinhas na praça com música ao vivo, reuniões sociais com as mais diversas finalidades (comerciais, religiosas, políticas, amorosas, ambientais etc.), assim como sessões de cinema e passeios de montanha-russa (ou pelo espaço sideral).

Imagine que na sua reunião, a sala do zoom oferece uma experiência imersiva, onde você pode ver os seus colegas (ou seus respectivos avatares), como se estivessem juntos em um ambiente, além de já possuir as promoções do ifood, seu saldo bancário atualizado, seus próximos compromissos agendados, a lista de compras do mercado, a mensagem do seu noivo e um showroom daquele produto que você está cobiçando, a um “clique” de distância. Essa é uma realidade que o metaverso pode entregar.

O Brasil, muitas vezes pela necessidade, foi capaz de aderir a tecnologias que trouxeram mais conforto, segurança e conveniência para os usuários como integrantes de uma sociedade. É o caso das urnas eletrônicas e da difusão de redes sociais que são populares no país. O falecido Orkut, que no início dos anos 2000 serviu como um agente facilitador na conexão de jovens e adultos que tinham pressa na comunicação e queriam explorar território desconhecido rompendo fronteiras geográficas, é uma evidência disso.

Com a Covid-19 e suas consequências, como o isolamento e distanciamento social, soluções que proponham um ambiente seguro e que traga conveniências ao usuários serão alternativas com tendência exponencial entre brasileiros. É lógico, ainda temos muito chão pela frente (talvez nem tanto), desde a oferta até a acessibilidade de toda uma nova tecnologia e infraestrutura, mas já existem diversos projetos pioneiros pelo Brasil e pelo mundo, que evidenciam que esse movimento de fato é uma grande tendência, com alto potencial a ser explorado por todos os setores sociais.

Os gamers já desfrutam de algo que pode ser considerado o projeto piloto do metaverso, coabitando universos temáticos, onde compartilham de objetivos complementares no desenvolvimento de uma comunidade/squad. Os recursos tecnológicos complexificam cada vez mais as possibilidades, tanto que já transformaram os jogos em complexos culturais, com eventos como shows, desfiles de moda e sessões de exibição de conteúdo audiovisual. E as possibilidades crescem dia após dia.

Enfim, já podemos experimentar um pouco desse metaverso e em breve estaremos cada vez mais imersos nessa realidade. Ao contrário do que os mais conservadores podem temer, as relações digitais e o desenvolvimento de comunidades digitais não pretendem substituir as experiências pessoais, até mesmo porque existe a tendência desses mundo coexistirem em um mesmo plano, e para vê-los bastaria estar usando as lentes corretas, como alguns filmes de ficção científica já mostraram anteriormente.

Se mesmo agora, ao iniciar o último parágrafo desse post você ainda não se deu conta do potencial que o varejo, e até mesmo a indústria, teriam de usufruir dessa plataforma/universo, você deveria estar pesquisando sobre como elevar o seu olhar empreendedor (provocações a parte, a culpa é do responsável pelo estagiário).

Por: Gabriel Alverne
Revisão e Edição: Fabiola Santana

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